Maiores arrependimentos
Photo by Cristian Newman

Imagine se você soubesse que iria morrer em poucos dias. Quais seriam os seus maiores arrependimentos?

Em 2011 a enfermeira australiana Bronnie Ware publicou um livro com os cinco maiores arrependimentos de quem estava à beira de morrer.

Ela conseguiu fazer o levantamento pois cuidava de pacientes terminais e convivia com eles até seus últimos minutos de vida.

O que Bronnie descobriu é revelador e serve para uma reflexão profunda sobre nossas vidas.

1) Eu desejava ter tido a coragem de ter vivido uma vida verdadeira, não a vida que os outros esperavam de mim.

Você tem sonhos que deseja realizar mas ainda não iniciou por falta de alguma coisa? Existe algo grandioso em seu interior que você ainda não iniciou porque está esperando o momento ideal?

Por que você está esperando? Pense bem, você não sabe se vai estar vivo amanhã, semana que vem ou ano que vem?

Aproveite este momento de leitura e analise bem a fundo o seu coração. O que te move? Qual é sua paixão não alcançada?

Faz muito tempo que você está protelando este projeto? Não perca tempo e coloque-o de pé agora mesmo.

Hoje.

Não espere o momento ideal. Pode ser tarde demais.

Mesmo que as condições atuais não sejam as ideais, inicie assim mesmo.

Pequenos passos diários podem te levar muito longe.

Segundo a enfermeira este foi o arrependimento mais comum. Não deixe ele ocorrer com você.

2) Eu desejava não ter trabalhado tanto.

Este arrependimento foi mais comum em pacientes homens que abriram mão do convívio com os filhos e a esposa e se dedicaram de maneira muito intensa no trabalho.

Terminaram a vida com muito dinheiro, mas poucos momentos de convívio em suas memórias.

A vida passa muito rápido e buscar um equilíbrio entre trabalho e convívio familiar é fundamental para evitar esse tipo de arrependimento.

No fundo as pessoas é que são importantes.

Seu parceiro, seus filhos, seus pais, seus irmãos, seus amigos…

Viva momentos de qualidade com eles e nunca se arrependerá. E como dizia Carlos Drummond de Andrade vamos buscar em nossas inexploradas entranhas a perene, insuspeitada alegria de con-viver.

3) Eu desejava ter tido coragem de expressar meus sentimentos.

Às vezes não dizemos o que gostaríamos para as pessoas, deixamos os sentimentos de lado e vamos acumulando tudo aquilo dentro de nós.

Muitas pessoas até ficam doentes, carregando aquele sentimento por anos sem nunca dizer ao outro. Geralmente a gente faz isto para não desagradar a outra pessoa.

Porém, para o amadurecimento de qualquer relacionamento, os sentimentos devem ser manifestados.

Pode ser difícil de início, mas isso garantirá um relacionamento saudável e honesto.

Então, pratique o compartilhamento de seus sentimentos para que seja algo natural.

4) Eu desejava ter mantido contato com meus amigos.

A maioria dos pacientes sentia muitas saudades de seus amigos nos momentos finais.

Se arrependem por não terem se esforçado mais para cultivar as amizades.

Sim, manter amizades requer esforço.

Pessoas importantes devem ter um espaço especial em nossas vidas. Uma vida sem relacionamentos saudáveis além de vazia é muito chata.

Amizades é que dão alegria à vida.

Não podemos ir deixando para depois. O dia de amanhã pode não chegar para nós ou para nossos amigos.

Seja intencional no convívio com seus amigos.

Por vezes apenas uma ligação telefônica basta. Mas sempre que puder encontrar com eles pessoalmente, faça isto.

5) Eu desejava ter sido mais feliz comigo mesmo.

O que é necessário para você ser feliz?

Dinheiro? Um cargo importante? Um grande amor?

Todas esta coisas podem ajudar, mas viver em função disso pode ser uma grande frustação. A maioria das pessoas arrependidas em seu leito de morte eram pessoas prósperas, mas nem por isto felizes.

O grande segredo é encontrarmos a felicidade dentro das circunstâncias atuais.

Problemas sempre irão existir e a felicidade é uma escolha.

Existe um livro bem interessante sobre isto. Chama-se “Happy for no reason”, ou traduzindo, “feliz por motivo nenhum”.

Eu ainda não li mas o título já diz tudo.

Pense da seguinte forma. Neste exato momento, se você estiver feliz ou triste os seus problemas e dificuldades irão mudar? Adianta de alguma forma, na solução de problemas, ficar profundamente triste e deprimido?

Se coisas ruins ocorrem conosco o sentimento de tristeza é absolutamente normal e necessário.

Mas a questão é a seguinte: por quanto tempo devemos permanecer tristes?

Mas se, por outro lado, assimilarmos o problema e conscientemente decidirmos ficar felizes assim mesmo, será que isto não vai ajudar?

Faça da felicidade a sua escolha de vida a partir de agora.

Comente abaixo qual seria hoje o seu maior arrependimento?