Agir é ser um criador, um fazedor, um realizador.

Reagir é ser um expectador, deixar-se levar, ir com a manada para onde a vida te levar.

Se você está no comando do seu barco, você está agindo, mas se você está à deriva, está reagindo.

Nunca teremos 100% de uma ou outra atitude. Em alguns momentos somos criadores; em outros, expectadores. Mas vale a pena pensar nos extremos para refletir melhor.

Quando sentamos no sofá e ficamos assistindo televisão somos expectadores. Quando assistimos uma palestra, uma aula, um curso ou lemos um livro também somos expectadores. Quando estamos lendo o feed de notícias no Facebook também.

Expectadores não criam, apenas reagem.

O grande benefício de ser um expectador é aprender.

Para criar, porém, temos de arregaçar as mangas e agir.

Eu conheço pessoas que estão sempre se preparando, sempre se aperfeiçoando, porém, não produzem nada com o que aprendem. Apenas procrastinam e não arregaçam as mangas.

Escrever um roteiro para um filme é criar. Escrever um livro, proferir uma palestra, ministrar uma aula, elaborar um curso, pintar um quadro são processos de ação. São oportunidades de criar e gerar valor para as outras pessoas.

Mesmo um post de Facebook pode ser uma criação maravilhosa se agregar valor para alguém.

Quando iniciamos o nosso trabalho temos duas opções:

Agir ou reagir. 

Se você abre seu e-mail e fica aguardando sua próxima tarefa surgir, está reagindo.

Por outro lado, se você escrever um e-mail com um plano de ação para o próximo projeto, está agindo.

Esperar por uma ordem de seu chefe e entregar exatamente o que ele pediu é reagir.

Mas, se ao receber uma ordem, você entregar algo que supere as expectativas, então você transmutou uma possível reação em ação.

Outro dia, no aeroporto, pedi um café enquanto aguardava meu voo para Manaus. A funcionária apenas atendeu o que pedi e entregou o café com nítida má vontade.
Em outra oportunidade, dias depois, a experiência de pedir um café foi totalmente diferente. Havia arte no modo como outra funcionária atendia os clientes.

Era nítida a satisfação com que a segunda barista fazia o seu trabalho e interagia com as pessoas.

No café do primeiro exemplo, a funcionária reagiu; no do segundo, a atendente agiu. A tarefa (entregar o café) em sua essência era a mesma.

Em nosso trabalho temos diversas oportunidades de reagir. Reuniões para comparecer, e-mails para separar, telefonemas para atender ou alguém para culpar. Esta última é uma saída muito comum, por sinal.

Qual é o tempo que dedicamos em nosso trabalho para agir e criar?

Em casa eu também posso agir ou reagir diante das tarefas domésticas.

Posso reagir e lavar a louça ou posso agir e lavar a louça. Quando eu reajo, apenas me livrei de uma tarefa. Quando ajo, sinto satisfação em cumprir aquela tarefa. Agir é encontrar alguma forma de propósito, mesmo na tarefa mais simples.

Com tantas informação disponíveis e tantas distrações, é muita fácil nos tornarmos meros expectadores no mundo de hoje.

É um vídeo no Youtube para assistir, um curso para realizar, um livro para ler, uma notificação no Whatsapp para acompanhar.

Eu reconheço que o caminho da ação e da criação não é para qualquer um. É necessário esforço, disciplina e um grande senso de lealdade com sua missão pessoal.

Para os poucos que desejam escrever sua própria história a alternativa é agir e escrever os próximos capítulos.

Pergunta: Qual a sua maior dificuldade para agir e criar?