Curiosidade

Curiosidade é a qualidade essencial da exploração espacial. Sabemos que, mais do que qualquer outro fator, a Guerra Fria impulsionou a atividade.

Mas o desejo de poder, isoladamente, não teria levado a tantas descobertas associadas à exploração espacial. A curiosidade levou o projeto a rumos impensáveis até a primeira metade do século 20.

E se? Essa pergunta está no cerne da pesquisa espacial, sempre focada em desenvolver equipamentos e materiais que possam resistir ao ambiente hostil fora da Terra.

Graças à curiosidade da Nasa e de seus pesquisadores, nosso cotidiano ficou mais fácil com equipamentos como os circuitos integrados (ascendentes dos microchips que estão nos nossos celulares), a fita isolante, o bracket usado em implantes ortodônticos, detectores de fumaça, filtros de água, fornos de microondas e tantas outras coisas.

Sem o exagero que leva qualquer virtude a converter-se em vício, a curiosidade pode nos mover também nas nossas conquistas terrestres.

E se mudássemos os processos?

E se escolhêssemos outro material?

E se criássemos outros produtos?

E se?

Levantar hipóteses é parte essencial da inovação.

A nova economia tem tirado grande vantagem dessa capacidade de questionar sem barreiras. Tanto que consultores costumam dar a gestores a orientação de fazê-la toda a vez que se sentirem tentados a recusar, logo de cara, uma sugestão apresentada.

Experimente: passe uma semana sem dizer: “não dá”, “não é possível” ou “seria bom, mas…”.

Curioso

Em vez disso, programe-se para explorar melhor a ideia apresentada perguntando: “e se acontecer isto ou aquilo?”.

Não é fácil, mas esse estímulo geral à curiosidade – à sua e da sua equipe – pode ser o fator-chave para que a inovação entre no seu cotidiano.

Ouse fazer perguntas. Ouse deixar que sua equipe as faça. Ouse não dizer o “não” automático que nos mantém na zona de conforto.

Mas lembre-se: levantar hipóteses é apenas uma das etapas que pode fazer da curiosidade um motor para o sucesso na sua atividade profissional.

É fundamental testar rapidamente cada hipótese e imprescindível não ter medo de abandonar aquelas que não levarem aos resultados esperados.

Se você trabalha em equipe, lembre-se também dar feedback a quem apresenta as novas ideias: premie (nem que seja apenas com palavras de incentivo) as boas sugestões e troque as críticas por incentivos para aqueles cujas hipóteses mostraram-se inviáveis.

E se você tentar?

Conte para mim: como a curiosidade tem contribuído para o seu desenvolvimento?


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